Velocidade máxima na boléia do caminhão

Folha de Londrina | 9 de agosto de 2008

De fora parece tranquila e lenta, mas acompanhada de dentro do caminhão, a prova da 20ª Gincana do Caminhoneiro envolve muita adrenalina. Em até 18 segundos, caminhoneiros de todo o Brasil percorrem um trajeto em busca do prêmio final, definido em milésimos de segundo: um caminhão para aquele que conseguir cumprir a prova em menos tempo ou um carro para o segundo e o terceiro colocados. ''É a oportunidade do caminhoneiro passar de empregado para patrão'', diz o coordenador da gincana, Orivaldo Quatrini.

O evento é uma parceria de empresas ligadas a caminhões. Ao todo são 18 etapas e em cada uma delas são classificadas três pessoas. A final acontece em São Miguel dos Campos (AL), no dia 30 de novembro. Até amanhã o Paraná sedia a quinta etapa de competições, que ocorre no Posto Alpino II, na BR-116, em Campina Grande do Sul (Região Metropolitana de Curitiba). A rodovia é considerada uma das principais rotas de transporte rodoviário do País.

Os caminhoneiros também participam de palestras, em que conhecem as novidadas na área e recebem dicas de como otimizar a utilização do seu veículo, e recebem atendimento médico. ''É ótimo porque também fazemos vários amigos e ganhamos conhecimento de como lidar com os caminhões'', conta o caminhoneiro Juarez Simoni de Almeida, 42, de Vassouras (RJ), que participa pela primeira vez da gincana.

O Paraná é um dos estados que mais se destacam na gincana, realizada há 20 anos. Até agora são quatro paranaenses já classificados nas etapas anteriores, como Carlos Alberto Milhorini, 43, de Arapongas (Norte). ''Não é fácil não. Na hora você só tem uma chance e tem ainda a adrenalina e o nervosismo. Quem sabe eu não volto para Arapongas de caminhão?'', diz, animado, o competidor que fez a prova em 17 segundos.

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