Demissões na Folha de Londrina

Sindijor-PR protesta contra 18 demissões na Folha de Londrina e tenta revertê-las na DRT

A Folha de Londrina anunciou nesta segunda-feira (8/9) a demissão de mais da metade do seu quadro de jornalistas na sucursal de Curitiba. Dos 33 profissionais que trabalham na redação, 18 seriam demitidos, segundo a empresa.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) já acionou a Superintendência Regional do Ministério do Trabalho no Estado (SRTE, antiga DRT).

Uma mesa-redonda entre o jornal e o Sindicato debaterá a reversão das demissões na manhã da próxima segunda-feira (15/6), a partir das 11 horas, na sede da superintendência, localizada na esquina das ruas José Loureiro e Travessa da Lapa.

Antes, às 13 horas desta quarta-feira (10/6), os jornalistas devem protestar na Boca Maldita contra a série de demissões. A categoria já havia agendado uma manifestação para essa data, em razão do julgamento, pelo STF (Supremo Tribunal Federal), da ação que trata do diploma de jornalismo. Agora, o ato também servirá de protesto contra as 18 dispensas.

Arbitrária e injusta, a medida configura dispensa coletiva, conforme a cláusula 36 da atual convenção coletiva de trabalho da categoria.

“As demissões irregulares são a culminação de uma série de violações a direitos dos trabalhadores jornalistas pela Folha de Londrina”, diz trecho de nota divulgada pelo informativo diário “Extra-Pauta”, do Sindijor-PR.

“Atrasos no reajuste salarial determinado por convenção e irregularidades nos pagamentos de horas extras (estas somente sanadas por acordo coletivo, formalizado em 2008) foram práticas usuais da empresa nos últimos anos.”

Abaixo, a lista dos trabalhadores atingidos pela demissão coletiva anunciada pela Folha de Londrina:

Editores
Rodrigo Lopes - Esportes
Elen Taborda - Cidades
Maria Duarte - Cidades

Repórteres
André Amorim
Karla Losse
Denise Ribeiro
Dimas Rodrigues
Júlio César Lima
Rafael Urban
Bia Moraes
Cláudia Palaci
Tiago Alonso
Carolina Gabardo Belo
Rodrigo Juste Duarte

Fotógrafos
Letícia Moreira
Mauro Frasson

Diagramadores
Letícia Correia
Ivan Vilhena

do blog: http://acordajornalista.blogspot.com/2009/06/sindijor-pr-protesta-contra-17.html

Casa da Barbie chega a Curitiba

Folha de Londrina | 04 de junho de 2009

Símbolo de juventude, moda e beleza, a boneca Barbie estará em carne e osso em Curitiba no próximo domingo para celebrar seu aniversário de 50 anos, comemorado em março deste ano. Até lá, as crianças podem visitar a sua casa, que está montada no Parque Barigui e oferece, além de diversão, atividades educativas.

Com sala, cozinha, banheiro e quarto, a estrutura representa fielmente o brinquedo que é comercializado. Em cada cômodo, os visitantes conhecem onde mora a boneca e também recebem informações educativas. "O objetivo é aproximar as crianças da Barbie e, com brincadeiras, passar boas informações", explica o coordenador do evento, Bruno Lopes.

Na cozinha, a conversa dos instrutores com as crianças é sobre a alimentação saudável e a separação correta do lixo. No quarto, os livros utilizados pela personagem mostram que é muito importante a leitura, a busca por novas informações e o contato com a cultura. O papo termina no banheiro, onde é reforçada a orientação da importância da escovação correta dos dentes.

Do lado de fora, uma escolinha de trânsito dá noções de sinalização, com faixas de pedestres e até semáforos. As crianças percorrem todo o trajeto em bicicletas da Barbie e dos carrinhos Hot Wheels, para cativar os meninos.

A entrada na casa da boneca é um quilo de alimento não-perecível, que será destinado ao Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC). Hoje, a visitação será restrita a crianças de escolas cadastradas. A partir de amanhã a visitação é aberta ao público, das 10 às 18 horas. No sábado, às 18h30, o Cine Barbie vai exibir o filme "Barbie e o Pequeno Polegarzinho". No domingo, a Barbie estará em sua casa, das 9 às 13 horas.

A casa está montada em cima de uma carreta, que depois de Curitiba vai percorrer outras 11 cidades do Estado. Entre eles Ponta Grossa, Londrina, Maringá, Cascavel, Guarapuava, Toledo e Pato Branco. Na estrada desde outubro do ano passado, o brinquedo encerra a viagem no diz 18 de dezembro, percorrendo todos os estados brasileiros.

Alunos surdos pedem intérpretes de Libras

Manifestação em Curitiba alerta para problemas de aprendizagem por falta de profissionais

Folha de Londrina | 02 de junho de 2009

Há quatro anos, o estudante Ivan Gomes Moraes,19, abandonou a colégio em que estudava, em Foz do Iguaçu. Surdo desde que nasceu, o jovem foi prejudicado pela ausência de um interprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras) na escola, para traduzir os conteúdos passados pelos professores. "Não conseguia entender as aulas", conta.

Desde então, Moraes passa os dias em casa, sem nenhuma atividade educativa. Ele, que pretende trabalhar em uma empresa, se preocupa agora com o possível esquecimento da língua portuguesa, que não pratica mais.

Seu amigo, Jordão Siqueira Gomes, 16, continua na escola em Foz. Mesmo com 70% de audição em um ouvido e 0% em outro, ele também sente dificuldades em acompanhar os professores que não dominam Libras e não contam com a ajuda de intérpretes. "Fica difícil, os professores passam algumas matérias difíceis e eu me perco, não consigo pegar", afirma.

Na escola onde estudam, a única do município que recebe surdos, são aproximadamente 100 alunos com a deficiência, cerca de 15 em cada turma. Em nenhuma das séries um profissional faz a tradução para Libras. Entre muitos colegas de turma, os estudantes com deficiência auditiva passam ainda pelo estigma de serem burros. "Mas sem intérprete não dá." Preconceito esse que continua fora dos muros da escola. "Dizem que surdo é vagabundo, que não quer trabalhar e que não sabe falar", reclama o jovem.

Assim como Ivan e Jordão, 5 mil alunos paranaenses passam por dificuldades nas aulas pela ausência de profissionais que dominem Libras, de acordo com a Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis). O problema estende-se desde a educação infantil ao ensino superior. Apenas 18 escolas são específicas para atender a esse público, enquanto o restante dos alunos está em processo de inclusão nas escolas regulares. "Eles passam por uma limitação cultural, que prejudica seu desenvolvimento", avalia o psicólogo Aldemar da Costa, que atende a estudantes surdos e suas famílias.

Uma manifestação realizada ontem, no centro de Curitiba, pediu o cumprimento da Lei Federal 10.436 e do Decreto Federal 5626, que reconhecem a Libras como língua das comunidades surdas brasileiras. Eles determinam que órgãos públicos garantam atendimento adequado às pessoas com deficiência auditiva e que a Libras seja inserida como disciplina curricular obrigatória em cursos de formação de professores. "Faltam intérpretes nas instituições, os professores não estão preparados. Hoje, os concursos públicos são organizados apenas para os ouvintes", critica a presidente da Feneis, Elizabete Favaro.

Os manifestantes pedem o ensino de Libras nas escolas, determinação do português como a segunda língua nas avaliações às pessoas com deficiência auditiva, educação bilíngue nas escolas frequentadas por surdos, realização de concursos públicos para a contratação de intérpretes e professores surdos e disponibilização de intérpretes nos serviços públicos.

Capacitação
Segundo a Secretaria de Educação de Curitiba, nas escolas municipais da Capital, estão matriculados 76 alunos com deficiência auditiva. Eles estudam no ensino regular e, durante o contraturno, participam de atividades de oralização. Os professores da rede municipal também podem participar de capacitações de noções básicas em Libras, para aproximação com os alunos.

Já a Secretaria Estadual da Educação informou que há 354 intérpretes de Libras atuando na rede estadual de ensino. Segundo nota, o número só não é maior porque a formação requer tempo e a oferta de profissionais é pequena. Ainda de acordo com a secretaria, desde 1998, o Paraná tem uma lei, que oficializa a Libras, anterior à norma federal.