Politizada, parada gay quer atrair 120 mil

Evento em Curitiba acontece amanhã, às 13 horas. Ideia é alertar para a escolha de políticos que defendam os direitos da comunidade LGBT

Gazeta do Povo | 18 de setembro de 2010

A Avenida Cândido de Abreu ficará mais colorida a partir das 13 horas de amanhã, quando começa a Parada da Diversidade de Curitiba. São esperadas pelo menos 120 mil pessoas no evento, que segue da Praça 19 de Dezembro ao Palácio Iguaçu. Em meio a todo brilho e animação dos presentes, a iniciativa é considerada uma ferramenta de mobilização social da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Neste ano, o tema é “Vote contra a homofobia. Defenda a Cidadania”, que faz uma referência às eleições de outubro.

“Queremos alertar a população para aceitar os candidatos comprometidos com os princípios e diretrizes do Plano Nacional de Combate à Homofobia”, afirma Márcio Marins, coordenador geral da Associação Paranaense da Parada da Diversidade (APPAD), responsável pela parada, em parceria com a Aliança Paranaense pela Cidadania LGBT. A preocupação dos organizadores em tratar as questões relativas aos problemas da comunidade LGBT faz da parada de Curitiba uma das mais politizadas do país.

Segundo os organizadores, diversos segmentos da sociedade – como alguns movimentos sindicais, de mulheres, jovens e defensores do meio ambiente – também participam da iniciativa e reforçam as reivindicações. “Fazemos uma festa da alegria ao mesmo tempo em que nossa primeira reivindicação é estar presente, mostrar que existimos e que temos direitos como qualquer outro cidadão”, lembra Marins.

Entre os temas mais importantes defendidos na parada estão a prevenção a doenças, o combate ao preconceito e o alerta para os casos de agressão motivados pela homofobia. De acordo com Marins, o Paraná é um dos estados que mais registrou delitos dessa natureza. Segundo ele, apenas no primeiro semestre deste ano foram 12 homicídios contra homossexuais, número que pode ser três vezes maior por causa da subnotificação. Um levantamento feito pelo Grupo Gay da Bahia mostra que no Brasil um homossexual é assassinado a cada dois dias.

A discussão em âmbito político da cidadania LGBT nas paradas da diversidade remete a uma questão presente no estado democrático e que fere os direitos civis. O advogado e professor da Escola da Magistratura do Paraná (EMAP), Marcos Alves da Silva, alerta para aspectos de fundamentalismo religioso no tratamento das reivindicações dos homossexuais. “Como fazemos parte de um estado laico, conforme definido pelo artigo 19 da Constituição Federal, não podemos permitir que uma concepção religiosa seja imposta a todos”, diz. De acordo com ele, bancadas religiosas no Poder Legislativo fazem resistência ao avanço dos direitos civis dos homossexuais. “As paradas da diversidade são uma estratégia eficaz para as discussões, pois têm um efeito político e multiplicador”, analisa Silva.

Fantasias
Além de tornar as paradas da diversidade mais bonitas, os brilhos, as plumas e os outros adereços das fantasias também representam as reivindicações de quem as veste. Com uma roupa inteira branca – e nem por isso com menos glamour –, a transexual Carla Amaral quer chamar atenção para a violência contra transexuais e travestis. “O branco representa ao mesmo tempo o luto pelos travestis e transexuais assassinados e um pedido pela paz. Não uso preto porque não quero nada fúnebre, quero estar alegre.” Carla levará na cabeça um adereço com as cores do arco-íris, que lembra o movimento LGBT. Primeira transexual que teve direito de ser reconhecida por seu nome social nos documentos, Carla ainda pretende incentivar que seus companheiros busquem seus direitos.

As cores do arco-íris também não foram esquecidas na fantasia da transexual presidente do Grupo Dignidade, Rafaelly Wiest. Em todos os anos que participa da parada, ela faz questão de levar as cores que representam a diversidade. Neste ano o traje será um vestido tubinho e um adereço especial na cabeça, que ela guarda para fazer surpresa no evento. “Pre tendo representar a comunidade LGBT para que sejamos tratados com igualdade e tenhamos nossos direitos garantidos”, afirma.


Festa por um plano de direitos
A atuação marcante do movimento de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) no Paraná resultou em conquistas importantes. Na Parada da Diversidade de amanhã será comemorado o lançamento do relatório final do Plano Estadual pela Cidadania LGBT.

Considerado um plano de Estado, o documento foi elaborado durante a conferência estadual do segmento, com a participação da sociedade civil organizada e de entidades governamentais. Até o final do ano, as propostas serão apresentadas a todas as secretarias estaduais para que cada uma elenque três prioridades a serem incorporadas ao programa de governo de 2011.

“O movimento reivindica por respeito e garantias dos direitos que todos nós deveríamos ter, mas que a eles [LGBT] são negados”, afirma a chefe da Coordenadoria dos Direitos da Cidadania, da Secretaria de Estado da Justiça, Tamara Enke. As propostas contemplam o casamento gay, a adoção de crianças sem restrição de sexo ou idade e a criação de um núcleo para averiguar denúncias de violação dos direitos LGBT.

Cidadania em 140 caracteres

Redes sociais estão mudando relações entre cidadãos e governos. Em Curitiba, morador conseguiu asfaltar a rua usando o Twitter

Gazeta do Povo | 9 de setembro de 2010

Não foi preciso realizar manifestações ou bloquear uma avenida movimentada de Curitiba para o corretor de seguros Adriano dos Santos, 28, reclamar da ausência de asfalto na rua onde mora, no bairro Orleans. Depois de diversas tentativas pelos canais de comunicação disponibilizados pela prefeitura, ele conseguiu entrar em contato com o prefeito Luciano Ducci por meio do microblog Twitter. A ferramenta limita os textos em 140 caracteres e, além de um ponto de encontro entre amigos e pessoas com interesses em comum, tornou-se um espaço de cidadania.

Os constantes relatos no microblog sobre o problema em frente da casa de Santos chamaram a atenção dos responsáveis pelo perfil da prefeitura no Twitter. A solicitação foi reforçada com um pedido direto ao prefeito, que se envolveu pessoalmente no assunto. Meses depois, máquinas estavam no local fazendo os primeiros reparos, procedimento acompanhado de perto pelo morador e repassado a seus seguidores no microblog em tempo real. Com alguns procedimentos que ainda devem ser acertados na obra, Santos mantém o prefeito informado de tudo o que acontece e cobra a finalização do trabalho.

“Comecei tentando agilizar os protocolos sobre a situação da minha rua e meus vizinhos diziam que não ia dar certo. Mas eu consegui. Sinto que contribuo muito mais como cidadão participando e cobrando pela internet. Não queria fazer uma passeata ou fechar a rua”, conta. Para ele, o ambiente da internet foi o fator que potencializou seu pedido. “Muitas pessoas têm acesso ao que eu escrevo, por isso a repercussão é muito maior. Desta forma é mais fácil de ser ouvido”, diz.

Via de mão dupla
Casos semelhantes ao de Santos se repetem por todo o país e formam uma grande rede, em que cidadãos e poder público estão em contato constante. Uma busca pela expressão “prefeitura” no Twitter aponta para pelo menos 200 perfis de administrações de capitais e municípios do interior. O uso da internet como cenário desse diálogo acelera e fortalece o processo de cidadania com o envolvimento de milhares de pessoas em causas que interessam a todos. Em uma via de mão dupla, os gestores disponibilizam informações sobre serviços ao mesmo tempo em que a população ganha um meio para levar aos governantes suas reivindicações.

“A principal característica do canal de comunicação pelas redes sociais é a colaboração entre os diferentes atores. O cidadão se aproxima do poder público, da realidade da gestão das cidades, e por outro lado também se sente contemplado pelas administrações, se sente ouvido”, analisa Rodrigo Bandeira, idealizador do projeto Cidade Democrática.

A iniciativa, realizada pela internet, faz a ponte entre as sugestões apresentadas pela população e os gestores. O movimento serve como troca de experiências e incentivo para a participação popular nas administrações públicas. Entre mais de quatro mil pessoas cadastradas de diversas cidades brasileiras estão 37 representantes do poder executivo, como secretários, gestores e parlamentares. Entre as conquistas, Bandeira comemora a criação de um plano cicloviário na cidade de Jundiaí (SP), a partir da sugestão de um adolescente de 15 anos.

“O gestor que não quer dialogar com a causa está perdendo enquanto aquele que está envolvido ganha uma ótima interlocução com a sociedade”, afirma Bandeira. Além de um site, o Cidade Democrática faz parte do grupo Web Cidadania, que reúne organizações que utilizam a internet para mobilização social. Ele ainda ressalta que as discussões pela internet permitem a participação de outros setores, como os empresários.

Seguidores fiéis
Com 14 perfis diferentes no microblog e mais de 15 mil seguidores, a prefeitura de Curitiba fez do Twitter um canal que disponibiliza informações sobre a gestão e serviços direcionados à comunidade, além de um espaço que serve para o esclarecimento de dúvidas. “O contato direto possibilita que o cidadão monitore e entenda o que os gestores fazem e que a administração leve o conhecimento ‘para dentro’”, afirma a responsável pelo marketing digital da prefeitura, Heloisa Guer nieri.

Cada perfil é direcionado a um setor específico da prefeitura e é supervisionado pelos responsáveis de cada área, como a programação cultural da Fundação Cultural (@fcccuritiba), o boletim de trânsito da Urbs (@transitourbs) e informações turísticas do Viaje Curitiba (@viajecuritiba), entre outros. “Não existe mais a comunicação de cima para baixo e o fato de existir um canal em que a população possa ser ouvida já é cidadania”, diz.

A proximidade com a população por meio das redes sociais faz parte de uma mudança cultural no poder público, que tem o desafio de incorporar no plano de trabalho as solicitações recebidas nesta nova realidade e aliá-las às demandas formais. A estrutura para manter o contato com o público também requer atenção especial, com estrutura para alimentação das ferramentas e respaldo dos executores setoriais no que diz respeito à veracidade das informações. Para os cidadãos, o desafio é mobilizar mais pessoas para a causa e acompanhar os resultados da ação.


De previsão do tempo à vaga de emprego
Qualquer modificação nas condições meteorológicas do Paraná se transforma em atualização imediata no perfil no Twitter do Instituto Meteorológico Simepar. A cada postagem, novos internautas viram seguidores da instituição, principalmente durante os dias de calor atípico e frio intenso. “Há algumas semanas, quando tivemos dias de muito calor e a chegada de uma frente fria, tivemos mais de 200 novos seguidores em dois dias”, conta a técnica em meteorologia e responsável pela atualização do perfil, Vanessa Cristina D’Ávila.

A procura pelo serviço demonstra que não são apenas os administradores públicos que chamam a atenção dos internautas, mas também serviços informativos, como previsão do tempo, programação cultural, informações sobre o trânsito e vagas de emprego. “Em algumas situações as pessoas acabam banalizando as informações que colocam no Twitter, mas tentamos oferecer algo relevante aos leitores”, afirma Vanessa.

Para o analista de sistemas Leonardo Saraiva, o Twitter serve como fonte de informação para programação cultural e também para manter o contato mais próximo com empresas das quais utiliza os serviços, como bancos e telefonia. Para ele, o acesso aos empreendimentos pelas redes sociais ga rante mais rapidez quando se trata de retorno sobre reclamações. “Antes tínhamos um trabalho bem maior de procurar o site, mandar o email e esperar a resposta por muito tempo. No Twitter as respostas são mais rápidas. Isso porque milhões de pessoas estão vendo e as reclamações se difundem.”


Redes sociais garantem a inclusão digital
Além da aproximação entre os gestores públicos e a população, as redes sociais atuam na inclusão digital. Um levantamento do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) mostra que estas ferramentas são mais utilizadas por pessoas das classes sociais mais baixas e com menor escolaridade. “As redes sociais, juntamente com os sites de relacionamento, são a porta de entrada para a apropriação da internet”, afirma o analista do Cetic, Juliano Cappi. De acordo com ele, a principal barreira para a disseminação da internet entre toda a população é a habilidade, porém, a facilidade em utilizar as redes sociais estimula os internautas a aprofundarem a utilização da rede.

Cappi também ressalta que com o acesso às redes sociais, a população tem oportunidade de contribuir para a construção coletiva do conhecimento. “As pessoas compartilham ideias e criam relação com o governo. As redes são um canal de comunicação com forte possibilidade para o exercício da cidadania”, garante. De encontro a esta realidade, o analista destaca um grande empecilho à inclusão digital. Apenas 39% da população brasileira têm acesso à internet. Contribuem para este cenário a situação econômica dos brasileiros, o valor dos equipamentos e a disponibilidade da internet em todas as regiões do país.


@cidadania
Confira algumas instituições que aderiram Twitter:

- Superior Tribunal de Justiça: @stjnoticias

- Ordem dos Advogados do Brasil: @oab_brasil

- Prefeitura de Curitiba: @curitiba_pmc

- Prefeitura de Pinhais: @Pinhais_PMP

- Prefeitura de Londrina: @preflondrina

- Prefeitura de Foz do Iguaçu: @prefeituradefoz

- Prefeitura de Apucarana: @PrefApucarana

- Prefeitura de Santa Terezinha de Itaipu: @STI_prefeitura

- Prefeitura de Rolândia: @Pref_Rolandia

- Prefeitura de Castro: @pref_castro

- Câmara Municipal de Foz do Iguaçu: @CamaraFoz

- Movimento Pró-Paraná: @oprquequeremos

- Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina: @portosPR

- Polícia Rodoviária Federal/Paraná: @PRF191PR

- Polícia Rodoviária Estadual: @preparana

- Universidade Federal do Paraná: @UFPR

- SESC da Esquina: @sesc_esquina

- Guia de tudo: @guiadetudo

- Simepar: @simeparpr

- Teatro Guaira: @TeatroGuaira

- Web Cidadania: @webcidadania

Erosão pode tirar praias do mapa

No Paraná, Matinhos e a Prainha de Guaratuba são as mais ameaçadas. Monitoramento constante é o que recomendam os especialistas

Gazeta do Povo | 05 de setembro de 2010

O monitoramento é a principal alternativa para evitar que algumas praias brasileiras desapareçam devido à escassez progressiva da areia e à erosão costeira. De acordo com especialistas, a situação no Brasil ainda não é crítica, mas pode se agravar nas próximas décadas com as mudanças climáticas e o aumento do nível do mar, que deve chegar a 50 centímetros até o final do século. O acompanhamento da evolução do problema permite que sejam identificadas as alternativas mais eficazes para amenizar esta situação, que no Paraná atinge a praia de Matinhos e a prainha de Guaratuba.

Um fator importante a ser verificado em relação ao possível desaparecimento das praias é a frequência com que ocorre o transporte de sedimentos, conforme ressalta o geólogo e geógrafo Dieter Muehe, pesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele explica que este é um fenômeno natural e constante, que faz parte da dinâmica das praias. O deslocamento da areia acontece a partir do contato da água do mar com a costa. Tempos depois, o sedimento é reposto pelo mesmo movimento, que causa o efeito semelhante a uma sanfona.

A mudança na direção das ondas, a intensidade das tempestades e a força dos ventos são fatores naturais que também contribuem para o deslocamento dos sedimentos. “Este é um processo de longo prazo, que demora 10, 20 anos. É preciso diagnosticar as praias que estão realmente com ‘sinal amarelo’”, afirma. O pesquisador cita as ressacas ocorridas em 2001, que afetaram o litoral das regiões Sul e Sudeste e que se repetiram apenas neste ano, quase 10 anos depois, mas não representam o processo de desaparecimento das áreas atingidas.

Para identificar quais praias precisam de intervenção, Muehe indica o monitoramento por imagens de satélites, um dos procedimentos mais eficazes, que exige empenho das prefeituras e dos governos estaduais. A medida é potencializada a partir da parceria com universidades, que permite a realização de pesquisas topográficas frequentes. A partir deste levantamento é que são definidas quais ações podem amenizar o problema. O alto investimento para estes estudos ainda é um empecilho para o desenvolvimento de programas na área, principalmente quando se leva em consideração que os reais impactos serão percebidos em algumas décadas. “Dificilmente um prefeito faz uma ação para se precaver contra um evento que vai acontecer daqui 50, 100 anos”, alerta o geólogo.

Prevenção
O muro de retaguarda é uma das alternativas mais empregadas para evitar o avanço do mar. A medida, no entanto, causa prejuízos à faixa de areia, pois impede que, depois de removidos, os sedimentos sejam repostos pelo movimento das ondas. “Esta ação é uma das piores e agrava o problema. Percebemos que onde tem pedra, não temos mais faixa de areia”, afirma o professor do câmpus litoral da Universidade Federal do Paraná Rangel Angelotti. Quando o muro de contenção não é forte o suficiente para conter o avanço do mar, ocorre a erosão, com a consequente destruição da barreira e o envio de resíduos para o mar.

O aumento da faixa de areia é considerado o melhor procedimento para conter o avanço do mar. A engorda, como é chamada a medida, consiste na alimentação das praias com material retirado do oceano que apresenta características semelhantes aos grãos da areia da praia, o que permite a continuidade do fluxo sedimentar na faixa de areia.


Risco é maior em regiões urbanizadas
As praias urbanas são as mais prejudicadas com a escassez progressiva da areia e a erosão costeira. O geólogo e professor da Universidade de Santa Catarina (UFSC) Norberto Olmiro Horn Júnior alerta que a atuação do homem acelera esta ocorrência. “A influência do homem não é a causadora do problema, mas a ocupação da interface entre o continente e o oceano favorece o processo de erosão”, diz.

O fenômeno ocorre devido à ocupação na área de dinâmica das ondas, onde a movimentação marítima e as correntes de maré realizam o processo de escassez e acúmulo de areia. A presença de casas próximas à praia exige a instalação de muros de contenção para evitar a destruição das construções, o que causa a perda da faixa de areia e a erosão da área construída.

Em 50 anos, a Praia da Arma ção, em Florianópolis, perdeu 40 metros de praia, com grande aproximação do mar nas construções. Para evitar a destruição das casas, o ideal é manter a distância de pelo menos 50 metros da área de interface da praia nas áreas urbanas, onde não é possível retirar a estrutura já existente. Nas regiões não urbanizadas, a indicação é iniciar as construções em no mínimo 200 metros, distância que prevê o recuo e avanço do mar sem causar danos. “As medidas realizadas são paliativas, que não trazem resultados a longo prazo. Precisamos de uma equipe multidisciplinar, que pense sobre o que realmente é melhor para a praia”, observa Horn.


Engorda de Matinhos só em 2012
Um dos pontos do litoral paranaense mais afetados pela erosão, a praia de Matinhos irá passar por obras para ampliação da faixa de areia. O projeto que pretende conter o avanço do mar tem conclusão prevista para 2012.

A licença ambiental para a realização dos trabalhos foi concedida no primeiro semestre deste ano e a verba disponível para as obras chega a R$ 22 milhões (R$ 11 milhões do Programa de Ace leração do Crescimento (PAC) do governo federal, e R$ 11 milhões do governo do estado). A previsão é que a retirada da areia do fundo do mar, que irá ocupar a faixa na costa que será ampliada, comece em novembro.

Além de Matinhos, a prainha de Guaratuba e o balneário de Pontal do Sul também sofrem com o avanço do mar. Em Santa Catarina, a Praia da Armação e a Barra da Lagoa, em Florianópolis, além da praia de Barra Velha, em Barra do Sul, registram os casos mais graves do Sul do estado.