O aconchego das cafeterias

Projetos de decoração de cafés investem em ambientes acolhedores e no conforto dos clientes

Gazeta do Povo | 30 de maio de 2010

O consumidor que frequenta um café procura um am­­biente aconchegante para conversar com os amigos, ou um lugar para ler, estudar ou até mesmo trabalhar por uns instantes tranquilamente. Para agradar o público, esses estabelecimen­tos contam com uma decoração especial que, diferente das redes de fast food, é criada pensando nas horas de lazer de seus clientes.

“A cafeteria procura resgatar o conceito de sair de casa e ir ao café, em que o programa é estar no local, encontrar boa música, um espaço para ler um livro, estudar. O importante é ter tranquilidade na cafeteria e para isso o ambiente precisa ser aconchegante e confortável”, comenta Victor Eimer, proprietário do Café Metrópolis. “Não queremos que o cliente venha para ficar só cinco minutos”, diz.

Cada elemento da decoração faz a diferença nos ambientes e contribui para que os cafés criem seus estilos. No ambiente do Café Metrópolis, que fica próximo da Praça Espanha, Eimer teve suas referências nos cafés franceses e criou em Curitiba “um pedacinho da França”. A construção original onde hoje funciona o estabelecimento foi demolida e reconstruída especialmente para o café, com o projeto da arquiteta Maria Nadir Miranda de Carvalho.

Toda a decoração do Metrópolis segue o estilo francês, percebido do piso ao teto. O uso de espelhos e iluminação, além de decorativos, dão a sensação de amplitude ao espaço. As janelas na fachada com luminárias de neon que indicam se o estabelecimento está aberto trazem ares franceses ao café e am­­pliam o ambiente.

No chão, ladrilhos hidráulicos fazem a combinação com os tons predominantes do espaço: azul, vermelho e branco, que são as cores do país. As mesas possuem pés originalmente franceses e ficam dispostas exatamente como nos cafés da França. O lado de fora do café também segue o padrão francês, com o tradicional toldo sobre a porta de entrada e cadeiras viradas para a rua, “para ver a vida lá fora.”

Uma coleção de peças antigas completa o estilo do ambiente. Muitas peças foram trazidas de cafés europeus e fazem parte da extensa coleção de Eimer. Algumas dessas peças ainda funcionam, como a máquina registradora e a geladeira. “Curitiba tem muito esse perfil europeu e combina com os cafés. É uma tendência.”

Café no coração da loja
No Lucca Café, da Alameda Presidente Taunay, a decoração do ambiente é relacionada com seu produto principal. Os consumidores podem saborear o café ao mesmo tempo em que apreciam a sua produção. “A máquina que faz a torra do café é o coração da loja e por isso é posicionada estrategicamente. Toda a cafeteria está disposta em volta da máquina, que é o espaço central”, explica o arquiteto Marcelo Valente. Ele afirma que esse conceito segue a tendência de cafeterias europeias.

Acompanhando a máquina de torra, a decoração se estende pelas sacas de café dispostas por toda a loja. Esses elementos não estavam previstos no projeto inicial, mas foram incorporados com o aumento da produção de café, que além de consumido no local é comercializado para os clientes e outros estabelecimentos. O cheio do café por todo o ambiente insere ainda mais o frequentador nesse conceito.

“O café é algo quente e passa a sensação de aconchego”, diz Va­­lente. A decoração do espaço possui sofás e poltronas que formam pe­­quenos lounges. O mobiliário preto contrasta com a iluminação amarelada e com as cores vibrantes nas paredes. As cores seguem a identidade visual da marca e são versáteis para o público variado que frequenta o local.

O imóvel onde o Lucca Café funciona passou adaptações para receber o estabelecimento. A estrutura original foi mantida, mas algumas modificações realizadas priorizaram a abertura de todo o ambiente para dar destaque ao maquinário e visibilidade por todo o espaço. Fazem parte da decoração uma butique com produtos da marca e uma livraria no interior da loja.

No Frans Café, da Rua Gonçalves Dias, a acomodação dos frequentadores é o principal direcionamento da decoração. Os projetos variam de acordo com a franquia, mas sempre possuem alguns pontos que remetem à marca.

A arquiteta da rede, Sonia Pit­telli Campos, aproveita o uso de sofás, poltronas e a disposição de vegetação interna para dar a sensação de conforto aos clientes. “O obje­­tivo é estimular a permanência do cliente na loja, de maneira confortável e aconchegante”, ex­­plica. O local favorece a longa permanência com jornais, revistas e rede wireless, que assim como nos demais cafés citados pode transformar o espaço em um ambiente pa­­ra trabalho ou reuniões.

A loja do Batel, em Curitiba, foi a primeira da rede que teve em seu projeto a criação de uma fachada adequada à lei de despoluição visual de São Paulo. A alternativa encontrada foi o aprimoramento da iluminação dentro e fora da loja. Na fachada, a iluminação aliada ao painel de madeira destaca o nome da loja, bem como todo o prédio iluminado. No ambiente interno a opção foi pela luz fria com coloração amarelada. “Investimos em uma iluminação com consumo de energia mais eficiente sem perder o conforto do cliente”, diz Sonia.

Serviço:
Café Metrópolis – Rua Carlos de Carvalho, 1.148. Fone: (41) 3233-6034. Lucca Café – Alameda Presidente Taunay, 40. Fone: (41) 3016-6675. Frans Café – Rua Gonçalves Dias, 151. Fone: (41) 3042-2301

http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1008329&tit=O-aconchego-das-cafeterias

Lofts de alto padrão no Batel

O empreendimento Upper Side Batel, do Grupo Cicomac com execução da Dória Construções, terá 172 lofts, espaço de lazer e serviços pay-per-use

Gazeta do Povo | 30 de maio de 2010

O Upper Side Batel, do Grupo Cicomac, pretende trazer para uma das regiões mais nobres de Curitiba praticidade e funcionalidade aos seus moradores. Com entrega prevista para dezembro de 2012 e execução da Dória Construções, o empreendimento está localizado na esquina das alamedas Dom Pedro II e Presidente Taunay, no Batel.

Ao todo são 172 lofts. Entre eles, 168 unidades com 29 metros quadrados de área privativa e quatro apartamentos duplex com 115 metros quadrados. O morador pode optar ainda pelo imóvel conjugado, com a união de dois apartamentos de 29 metros quadrados, e ficar com a área de 58 metros quadrados. Segundo corretora Eliane Gnata, o valor dos imóveis é a partir de R$169 mil.

O empreendimento oferecerá opções de lazer como academia fitness, sauna, piscinas e espaço gourmet, além de serviços pay-per-use: lavanderia, estacionamento, rede de internet wireless e limpeza. Os espaços de área comum serão entregues decorados e equipados. Os apartamentos terão estrutura para instalação de sistemas de automação para cortinas, ar-condicionado e aquecimento de água.

O diretor de planejamento e custos da Dória Construções, Carlos German, destaca que “o empreendimento terá tratamento acústico nos vidros, nas paredes duplas que fazem o isolamento entre os apartamentos e corredores, e também nos pisos.”

O empreendimento será construído no terreno onde por mais de 20 anos funciona o Buffet du Batel. Com as obras do Upper Side Batel, a construção do buffet irá sofrer pequenas intervenções, entre elas a reforma da fachada, e terá uma entrada independente à do edifício.


Perfil
Conheça os detalhes

Empreendimento: 172 unidades, com 168 unidades na opção estúdio, com 29 metros quadrados, ou quatro unidades duplex, de 115 metros quadrados.

Endereço: Alameda Dom Pedro II, esquina com Al. Presidente Taunay, Batel.

Preço: a partir de R$169 mil. 30% pago durante as obras e o restante financiado após entrega das chaves.

Entrega: Dezembro de 2012.

Plantão: no local todos os dias, das 9 às 19 horas. Fone (41) 3308-1997.

Registro de incorporação: R-08 da matrícula nº 80.933, do Cartório de Registro de Imóveis da 6° Circunscrição de Curitiba.


http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1007935&tit=Lofts-de-alto-padrao-no-Batel

Aquecimento pelo piso

Sistemas de calefação pelo piso aquecem todo ambiente e utilizam o conceito do “ar quente sobe”. Com o inverno chegando, é uma boa opção para manter a casa sempre “quentinha”

Gazeta do Povo | 23 de maio de 2010

A queda nas temperaturas com o inverno se aproximando quase dobra a procura por “pisos aquecidos”, estimam as empresas consultadas pela reportagem. Além do uso de ar condicionado ou aquecedores, o consumidor também pode escolher o sistema de calefação pelo piso para o conforto térmico nos ambientes.

Esses sistemas aquecem todo o ambiente a partir do piso, que consequentemente também fica aquecido e estende a sensação de conforto térmico. “É um sistema de irradiação de calor que usa um conceito simples da física: ‘o ar quente sobe’”, ex­­plica o arquiteto e diretor técnico da Ambiente Sistemas de Calefação, Pedro Ernesto Zanon.

Os equipamentos responsáveis pela produção de calor ficam instalados entre a laje e o piso. O consumidor escolhe a temperatura que deseja ter em seu ambiente por um termostato analógico ou digital, que fica ligado a esses equipamentos e transfere a potência necessária para a geração do calor. Os sistemas podem ser abastecidos por energia elétrica, como os modelos Eurocable e HotFloor, ou com água quente.

Qualquer ambiente pode acomodar o sistema, sem restrições para áreas molhadas, como boxes ou banheiras. O sistema também permite a instalação em vários tipos de pisos, como mármore, granito, carpete, laminado, porcelanato ou madeira.

A instalação desse sistema traz pouca interferência se realizada durante as obras de construção da casa ou apartamento. Caso a opção pela calefação através do piso seja feita após a finalização das obras, é preciso quebrar o piso para a instalação do sistema. “Ainda não temos a cultura da calefação. As pessoas constroem casas legais, com pedras fantásticas, mas esquecem de aquecer, isolar a casa. Depois precisamos quebrar e refazer todo o piso”, diz Zanon.

O sistema Eurocable prevê a instalação dos equipamentos em todo o cômodo que terá aquecimento pelo piso. Em média, o valor do metro quadrado varia entre R$ 80 e 130. A HotFloor não utiliza todo o piso para a instalação do sistema e determina o valor do produto de acordo com a potência utilizada em cada ambiente. A média de consumo de energia da HotFloor fica em aproximadamente 30 watts/hora por metro quadrado. “O aquecimento pelo piso é uma alternativa sustentável ao ar condicionado. Ele não faz a movimentação do ar e não gera resíduos”, ressalta o coordenador de projetos da HotFloor, Christiano Matheus Costa.

Funcionamento
Cada cômodo possui uma instalação individual, com termostato para definição da temperatura local. A potência utilizada pelo equipamento é determinada a partir de uma série de fatores referentes a cada espaço e que influenciam no aquecimento: área do ambiente, orientação solar, altura do pé direito e janelas.

Uma vez ligado, o termostato funciona para que o ambiente fique com a temperatura definida pelo cliente. Quando a temperatura é alcançada, o sistema desliga automaticamente e volta a funcionar caso ocorra perda de calor. Dessa forma, o consumo de energia elétrica é constante e não demanda mais potência para aquecer novamente todo o cômodo.

Segundo os responsáveis pelos sistemas, não há nenhuma manutenção a ser feita. O único cuidado que o cliente deve ter é com possíveis perfurações do piso, que podem atingir os cabos responsáveis pelo aquecimento e afetar o funcionamento do sistema. Nesses casos, equipamentos identificam onde ocorreu a perfuração e a manutenção é local, ou seja, realizada em uma área pequena, sem a necessidade de remover todo o piso.

“Indico para meus clientes o uso da calefação pelo piso porque aquece todo o ambiente e pode ser colocado em vários tipos de revestimento. O ambiente fica confortável e aconchegante, sem causar desconforto como o ar condicionado. Além disso, não precisa se preocupar com manutenção”, comenta a designer Luciana Baggio.

Para calefação pelo piso com água quente, o termostato é ligado a um gerador de água quente abastecido à gás, como os utilizados em chuveiros, para definir a potência do sistema, e a uma bomba para a captação da água que irá correr por baixo do piso e aquecer o ambiente. O valor do metro quadrado fica em aproximadamente R$ 250 e para compensar o investimento nos equipamentos, recomenda-se a instalação em pelo menos cinco cômodos, diz o gerente comercial da Água Quente, Fernando César de Oliveira.

Benefícios
O industriário Virgílio Maro Sperandio planejou a instalação do sistema de calefação pelo piso em sua casa há dois anos, antes de iniciar a construção. Ele optou pelo produto elétrico após fazer uma pesquisa sobre todos os sistemas disponíveis no mercado e destinou 5% do valor da obra para a instalação. “Instalei em 90% da minha casa e estou bem satisfeito. Abri mão de uma piscina, mas um item de conforto que não quis tirar da minha casa foi a calefação.”

Ele conta que não tinha calefação em casa, mas percebeu os benefícios que o sistema traz quando morou alguns anos nos Estados Unidos. “Lá, senti a diferença entre ter e não ter o sistema dentro de casa. Hoje durmo com um cobertor fino e tomo banho sem lamentação por causa do frio”, diz. Em dois anos de uso, Sperandio passou por invernos em que fora de sua casa os termômetros marcavam -3°C e dentro, 22°C. “No primeiro inverno a instalação já valeu a pena. Tive um acréscimo de aproximadamente 15% na conta de luz, o que é perfeitamente viável”, diz.

Antes de instalar o sistema em todos os cômodos do apartamento onde mora, a decoradora Izaura Muller contava com a calefação pelo piso apenas no banheiro. Ela optou pelo sistema para avaliar o produto que indicava a seus clientes e percebeu o conforto térmico que o produto traz. “Era maravilhoso. Tinha vontade até de dormir no banheiro”, lembra. Depois que mudou de apartamento, Izaura optou pelo sistema em toda a casa. “Dentro de casa fico com roupa de verão no inverno. O interessante é que o equipamento liga e desliga automaticamente. É um custo a mais na conta de luz que é compensado pelo conforto.”


Serviço:
Água Quente – Rua Tibagi, 927, Centro. Fone: (41) 3224-2305.Ambiente Sistemas de Calefação – Rua 21 de Abril, 551, Alto da Glória. Fone: (41) 3262-8744.HotFloor – Rua Gutemberg, 425, Batel. Fone: (41) 3343-3003.

http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1005356&tit=Aquecimento-pelo-piso

Decoração dos cinco sentidos

Mostra Inove apresenta quatro ambientes que estimulam as sensações, fazendo uma releitura dos estilos moderno, natural, clássico e vintage

Gazeta do Povo | 23 de maio de 2010

A mostra da coleção 2010 da Inove Decoração+Design propõe uma série de experiências que estimulam os cinco sentidos. A proposta dos ambientes criados é alinhar o perfil da pessoa ao estilo de morar por meio das sensações que cada espaço traz.

Quatro profissionais projetaram ambientes com releituras dos estilos: novo moderno, natural ambiental, clássico revisitado e vintage contemporâneo. “Criamos os ambientes para ver o que mais emociona cada pessoa e define seu estilo. Trouxemos isso para a decoração porque muitas vezes a pessoa não consegue se ver, não se identifica com o ambiente. Quando consegue tudo isso, ela vive melhor e mais feliz, porque se sente bem quando o ambiente reflete o seu jeito de ser”, afirma a diretora da Inove, Eviete Dacól.

Ela ressalta ainda que entre todos os ambientes um estilo sempre predomina na escolha do cliente. A criação desse estilo na casa do consumidor pode ser adaptado e incrementado ao seu gosto com elementos presentes nos demais. “Fica mais fácil de criar o projeto com o profissional.”

Em cada ambiente, os profissionais mesclam característica dos estilos com tendências atuais. A preocupação com o meio ambiente e os recursos naturais – com grande força no mercado da decoração - é marcante na criação de Varínia Schwartz. Ela segue tendências da sustentabilidade, com o uso de madeira de demolição, fibra sintética no mobiliário e com o toque de produtos artesanais, criando a sensação de aconchego. O ambiente vintage (também uma forte tendência na decoração), de Jorge Elmor, faz um resgate dos estilos das décadas de 1930 a 1970 junto a estampas modernas e predomínio de picnic e xadrez, trazendo uma sensação romântica.

O ambiente moderno criado por Claudia Guérios destaca a praticidade e o requinte com o uso de cores neutras, texturas e transparências. O ambiente, de Carla Kiss, faz uma releitura do clássico com móveis e objetos acompanhados por acabamentos contemporâneos.

Além de sentir cada ambiente, os visitantes da loja podem fazer um teste que identifica o estilo de acordo com as preferências relacionadas a personalidades, destinos de viagens, acessórios, roupas e passeios.

O conceito presente na coleção da Inove segue as tendências apresentadas no 49.º Salão Internacional do Móvel de Milão. A equipe da loja se inspirou nas novidades para inserir na coleção o uso de texturas e tecidos naturais, a interferência de artesanato, que personaliza os mobiliários, e a opção por cores vivas em composição com madeira natural. “Em Milão, sentimos que os espaços não foram montados apenas para mostrar os produtos, mas para sentirmos o aconchego e fazermos leitura dos ambientes pelas sensações. O objetivo era que a pessoa que estivesse ali se sentisse sentada no sofá que estava exposto”.

Produtos
Entre os ambientes da coleção, a Inove lançou produtos inspirados em cada estilo. O modelo clássico é a mesa de jantar Elizabeth, que tem os pés em aço pintado e tampo em laca brilho, e a cadeira Louis, com pés em madeira e assento e encosto em couro natural prensado. O estilo natural tem a chaise Marina, feita de fibra natural de bananeira, e o vintage traz o sofá cubo, com três lugares, feito em veludo de fibra natural. As cadeiras Miss You, produzidas por meio de um processo de moldagem bicolor por policarbonato, fazem parte do estilo moderno, composto por transparências e linhas retas.

http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1005369&tit=Decoracao-dos-cinco-sentidos

Vidros versáteis

Glass South America apresenta tecnologias para uso do vidro. Entre as novidades, box para banheiro com formas curvas e vidro que alterna entre o transparente e o opaco

Gazeta do Povo | 16 de maio de 2010

Um dos principais eventos do setor de vidros na Amé­­rica Latina, a 9ª edição da Glass South America 2010 – Tecnologia & Design apresentou na semana passada em São Paulo as novidades em aplicação do vidro. A feira contou com a participação de 200 empresas, que trouxeram produtos em vidro, equipamentos e acessórios destinados a arquitetura, construção civil, indústria automobilística e moveleira. Mais de 12 mil visitantes estiveram no evento.

Com um crescimento de 16% na área de exposição em relação à edição anterior, a feira mostrou que o vidro é um produto que cada vez mais conquista espaço na decoração das residências. “O vidro é um dos poucos produtos que é auto-sustentável. Quando bem aplicado, otimiza a utilização de luz natural, ajuda na economia do consumo de energia, minimiza os ruídos e a radiação nos ambientes”, afirma a Ligia Amorim, diretora da NürnbergMesse Brasil, que realizou o evento.

Produtos para casa
As novidades expostas na feira aplicam o vidro em diversos ambientes, com o objetivo de garantir ao consumidor qualidade e comodidade. A tendência é a utilidade aliada ao design, tanto nos produtos em vidro quanto nos acessórios.

A Vipel trouxe para o evento um box de vidro temperado curvo. O diretor da empresa, Antônio Carlos Faustino da Silva, diz que “o vidro curvo dá outra estética ao conjunto e o temperado oferece a mesma segurança do box plano.” Ele ressalta que o novo formato pode acompanhar, por exemplo, banheiras arredondadas que ficavam sem a cobertura completa do box plano.

A empresa Ideia Glass apresentou quatro lançamentos durante o evento. O principal produto foi o Box Flex, box sanfonado de vidro direcionado para ambientes pequenos, que dá abertura de 90% do vão. Possui trilho deslizante localizado na parte inferior da estrutura, que deixa o sistema de abertura mais leve. O cliente pode escolher entre diversas cores do vidro. “O box de vidro deixa o banheiro muito maior, visualmente não toma espaço”, comenta o diretor da empresa, José Miguel. Esse produto custa entre 20% e 30% a mais em comparação aos boxes comuns.

A linha Elegance, da Ideia Glass, tem boxes de canto com duas portas de correr. Com a utilização de roldanas, essa tecnologia também pode ser utilizada em passagens entre ambientes, como salas ou cozinhas. “Esses acessórios deixam o produto mais elegante com apelo estético”, diz Miguel. Para ele, o consumo do vidro em projetos arquitetônicos ainda é tímido no Brasil em comparação aos países da Europa, onde “por ano o consumo per capta é de 15 quilos enquanto aqui está entre cinco, seis quilos.”

Na linha de acessórios, a Ideia Glass levou para a feira o prolongador para escadas e guarda-corpo. A função desse produto é garantir a fixação do vidro com segurança. Seguindo na linha de ferragens, a Belcom apresentou um suporte para guarda-corpo de vidro laminado-temperado feito de aço inox maciço. A peça, desenvolvida pela empresa italiana Colcom, permite que o vidro tenha altura de até 1,10 metro.

A Dobradiça Automática Biloba, da Belcom, direcionada a portas de vidro com fechamento automático, possui mecanismo para ajuste da velocidade de fechamento e sistema auto-lubrificante, que realiza a manutenção da peça a cada ciclo de abertura. A vida útil desse produto é de um milhão de ciclos. A Belcom mostrou ainda o Flow Sys­tem, que permite a regulagem para cima ou para baixo das portas deslizantes e o travas para box com regulagem de fechamento.

Tecnologia
A PKO trouxe para o Brasil o vidro PKO Privacy Glass, já utilizado no exterior e novidade no país. A partir da exposição do vidro à energia elétrica, ele passa de opaco para transparente. Isso é possível devido à laminação do vidro com cristal líquido. Quando a voltagem é aplicada no vidro, as moléculas se arranjam e permitem a passagem da luz através do vidro, deixando-o transparente.

A previsão é que o produto esteja disponível no mercado brasileiro em 45 dias, em diversas cores. O preço ainda está em fase de avaliação. “Pode-se ter da privacidade à transparência em um instante. Mesmo com um custo maior de energia, o produto é rentável, porque evita investimentos em cortinas, persianas ou películas nos vidros”, diz Alexandre Toledo, gerente comercial da PKO.


http://www.gazetadopovo.com.br/imobiliario/conteudo.phtml?tl=1&id=1003167&tit=Vidros-versateis
Glass South America apresenta tecnologias para uso do vidro. Entre as novidades, box para banheiro com formas curvas e vidro que alterna entre o transparente e o opaco

Gazeta do Povo | 16 de maio de 2010


Um dos principais eventos do setor de vidros na Amé­­rica Latina, a 9ª edição da Glass South America 2010 – Tecnologia & Design apresentou na semana passada em São Paulo as novidades em aplicação do vidro. A feira contou com a participação de 200 empresas, que trouxeram produtos em vidro, equipamentos e acessórios destinados a arquitetura, construção civil, indústria automobilística e moveleira. Mais de 12 mil visitantes estiveram no evento.

Com um crescimento de 16% na área de exposição em relação à edição anterior, a feira mostrou que o vidro é um produto que cada vez mais conquista espaço na decoração das residências. “O vidro é um dos poucos produtos que é auto-sustentável. Quando bem aplicado, otimiza a utilização de luz natural, ajuda na economia do consumo de energia, minimiza os ruídos e a radiação nos ambientes”, afirma a Ligia Amorim, diretora da NürnbergMesse Brasil, que realizou o evento.

Produtos para casa
As novidades expostas na feira aplicam o vidro em diversos ambientes, com o objetivo de garantir ao consumidor qualidade e comodidade. A tendência é a utilidade aliada ao design, tanto nos produtos em vidro quanto nos acessórios.

A Vipel trouxe para o evento um box de vidro temperado curvo. O diretor da empresa, Antônio Carlos Faustino da Silva, diz que “o vidro curvo dá outra estética ao conjunto e o temperado oferece a mesma segurança do box plano.” Ele ressalta que o novo formato pode acompanhar, por exemplo, banheiras arredondadas que ficavam sem a cobertura completa do box plano.

A empresa Ideia Glass apresentou quatro lançamentos durante o evento. O principal produto foi o Box Flex, box sanfonado de vidro direcionado para ambientes pequenos, que dá abertura de 90% do vão. Possui trilho deslizante localizado na parte inferior da estrutura, que deixa o sistema de abertura mais leve. O cliente pode escolher entre diversas cores do vidro. “O box de vidro deixa o banheiro muito maior, visualmente não toma espaço”, comenta o diretor da empresa, José Miguel. Esse produto custa entre 20% e 30% a mais em comparação aos boxes comuns.

A linha Elegance, da Ideia Glass, tem boxes de canto com duas portas de correr. Com a utilização de roldanas, essa tecnologia também pode ser utilizada em passagens entre ambientes, como salas ou cozinhas. “Esses acessórios deixam o produto mais elegante com apelo estético”, diz Miguel. Para ele, o consumo do vidro em projetos arquitetônicos ainda é tímido no Brasil em comparação aos países da Europa, onde “por ano o consumo per capta é de 15 quilos enquanto aqui está entre cinco, seis quilos.”

Na linha de acessórios, a Ideia Glass levou para a feira o prolongador para escadas e guarda-corpo. A função desse produto é garantir a fixação do vidro com segurança. Seguindo na linha de ferragens, a Belcom apresentou um suporte para guarda-corpo de vidro laminado-temperado feito de aço inox maciço. A peça, desenvolvida pela empresa italiana Colcom, permite que o vidro tenha altura de até 1,10 metro.

A Dobradiça Automática Biloba, da Belcom, direcionada a portas de vidro com fechamento automático, possui mecanismo para ajuste da velocidade de fechamento e sistema auto-lubrificante, que realiza a manutenção da peça a cada ciclo de abertura. A vida útil desse produto é de um milhão de ciclos. A Belcom mostrou ainda o Flow Sys­tem, que permite a regulagem para cima ou para baixo das portas deslizantes e o travas para box com regulagem de fechamento.

Tecnologia
A PKO trouxe para o Brasil o vidro PKO Privacy Glass, já utilizado no exterior e novidade no país. A partir da exposição do vidro à energia elétrica, ele passa de opaco para transparente. Isso é possível devido à laminação do vidro com cristal líquido. Quando a voltagem é aplicada no vidro, as moléculas se arranjam e permitem a passagem da luz através do vidro, deixando-o transparente.

A previsão é que o produto esteja disponível no mercado brasileiro em 45 dias, em diversas cores. O preço ainda está em fase de avaliação. “Pode-se ter da privacidade à transparência em um instante. Mesmo com um custo maior de energia, o produto é rentável, porque evita investimentos em cortinas, persianas ou películas nos vidros”, diz Alexandre Toledo, gerente comercial da PKO.


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Empreendimentos em busca de certificação sustentável

Construtoras investem em ações e métodos construtivos que beneficiam o meio ambiente

Gazeta do Povo | 16 de maio de 2010

A construtora Laguna lança no próximo mês um empreendimento comercial que busca a certificação LEED (Leadership in Energy & Environmental Design) de construção sustentável, seguindo uma série de critérios definidos pelo United State Green Building Council, representado no Brasil pelo Green Building Council Brasil (GBCB).

O nome do empreendimento será divulgado apenas no seu lançamento e o projeto prevê diversas iniciativas que otimizam os recursos naturais e pretendem minimizar os impactos no meio ambiente. “É um processo de certificação longo e complexo, que vai desde o projeto, passa pela obra e pela operação do empreendimento”, afirma o diretor geral da construtora Laguna, Gabriel Raad. Serão 25 pavimentos com mais de 150 salas comerciais e cinco andares corporativos, direcionados para grandes empresas. A previsão é que as obras durem três anos.

O prédio será construído no bairro Água Verde (na Avenida Iguaçu, entre a avenida República Argentina e a Rua Carneiro Lobo). A localização é um dos primeiros elementos que impulsiona a sustentabilidade. O posicionamento do edifício foi determinado estrategicamente para receber pouca radiação solar, diminuindo o consumo de ar condicionado. Uma extensa área do prédio será coberta por vidro, permitindo maior entrada de luz natural nos ambientes. Os vidros com tecnologia especial reduzem a absorção da radiação solar. Serão utilizadas cores claras no mobiliário, nos pisos e nas paredes, bem como luminárias de baixo consumo, para reduzir o consumo de luz artificial.

Segundo Raad, um sistema de reaproveitamento da água utilizada na pia e direcionada para descargas reduzirá em 50% o consumo de água em comparação aos edifícios sem esse sistema. As torneiras e descargas também terão dispositivos para baixo consumo. Na cobertura, telhados verdes irão substituir revestimentos de cerâmica ou de concreto e diminuir a absorção de radiação solar pelo edifício, promovendo conforto térmico nos ambientes.

Incentivando o baixo deslocamento de seus frequentadores, o empreendimento terá espaços de convivência, para que eventos sejam realizados no próprio conjunto, e ainda lojas para atendimento, como restaurantes e cafés. “Além de um ambiente confortável, o frequentador do empreendimento terá alta tecnologia para exercer sua atividade profissional da melhor maneira, porque irá agregar o conceito de sustentabilidade. Isso garante melhor qualidade de vida ao ocupante”, diz Raad.

Na garagem, sensores avaliarão a qualidade do ar e medirão o nível de dióxido de carbono no ambiente, fazendo a troca do ar quando os níveis estiverem altos. Após a conclusão das obras, o empreendimento será avaliado pelo Green Building Council Brasil durante os primeiros seis meses de operação. Só então será decidida a certificação.

Curitiba Office Park
Outro empreendimento que busca a certificação de edifício sustentável pelo Green Building Council Brasil é o Curitiba Office Park, construído pela Thá. A primeira fase das obras iniciou em outubro de 2007 e foi finalizada em março de 2009. O edifício está em funcionamento com diversas empresas que utilizam o espaço.

O empreendimento está em fase de submissão da certificação. Os documentos referentes aos projetos já foram enviados para avaliação e a certificação deve sair em aproximadamente seis meses. O edifício conta com sistemas que garantem eficácia no consumo de água e energia, além de descarte correto de resíduos.


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Condomínio no RS terá casas de compósitos

Método construtivo utiliza resina polimérica reforçada com fibra de vidro, materiais usados na estrutura de aviões e carros da Fórmula 1

Gazeta do Povo | 12 de maio de 2010

Com 663 casas térreas de dois quartos, sala, cozinha e banheiro, o Condomínio Villa Margarida, em São Leopoldo (RS), não é um conjunto residencial comum. O em­­preendimento, que começa a ser construído em junho deste ano, será um dos primeiros condomínios residenciais do programa do governo fedederal Minha Casa, Mi­­nha Vida de casas feitas de compósito. No lugar do concreto, alvenaria ou madeira, a estrutura é com­­­­posta por resina polimérica reforçada com fibra de vidro, mesmo material utilizado em embar­ca­ções, aviões e carros da Fórmula 1. “As casas de compósito possuem alto desempenho na resistência ao fogo, bem como conforto térmico e acústico”, afirma Gilmar Lima, diretor-geral da MVC, empresa que desenvolveu o produto. Com esse material, segundo a empresa, a limpeza das residências fica mais fácil, a manutenção é baixa e não há ocorrência de problemas com infiltração, mofo ou cupins.

O processo de construção é bem mais rápido e descarta menos resíduos no meio ambiente. Uma casa pode ser montada em três dias e finalizada em dez. Os painéis que compõem as casas chegam prontos às construções, com abertura para janelas e portas, estrutura elétrica e hidráulica já embutida, e são apenas encaixados na base metálica. “O canteiro de obras vira uma linha industrial, por isso não temos perda alguma. É uma obra limpa. As paredes não são pe­­sadas e não precisam de grandes equipamentos para montá-las, quatro pessoas conseguem”, explica Lima.

O processo de fabricação das pe­­ças de compósito também não causa grandes impactos ao meio am­­biente – o consumo de energia é baixo e o plástico utilizado é reciclável, segundo a empresa. Para o próximo ano a empresa pretende criar um programa de reciclagem do próprio compósito. “Queremos que toda a cadeia seja sustentável e estamos fazendo estudos para que a casa em si também seja, com aproveitamento de água da chuva e captação de energia solar”, prevê.

Condomínio
Na primeira fase do Condomínio Villa Margarida serão 663 casas com 37 metros quadrados direcionadas a famílias com renda de até três salários mínimos. A obra terá duração de seis meses. A segunda fase começa em 2011 e terá mais 253 casas, com 42 metros quadrados, a famílias com três a seis salários mínimos.

O custo de construção de cada ca­­­sa será de aproximadamente R$ 25 mil e o preço para venda será de R$ 45 mil, que inclui toda a es­­trutu­ra oferecida pelo empreendimento, como pavimentação, instalação elé­­trica, saneamento básico e áreas de lazer, informa a Fará Ge­­ren­ciamento de Negócios, incorporadora do empreendimento.

Outros projetos
Além do condomínio em São Leopoldo, foram criadas casas de compósito em Caxias do Sul (RS), no Pará e em São Paulo. Ao todo, a MVC tem no Brasil 60 mil metros quadrados de área contruída. No exterior, são 140 mil metros quadrados de área construída, em que o compósito é a estrutura de casas, escolas, sede de bancos, pousadas em Angola, Moçambique, Vene­­zuela, Uruguai e no Caribe.

Para este ano, a MVC tem projetos para a construção de casas de compósitos no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A empresa planeja comercializar os kits das casas prontos para construtoras locais, que ficariam responsáveis por executar as obras.

Para Paulo Dornelles, diretor da Fará Gerenciamento de Negócios, incorporadora do empreendimento Villa Margarida, as casas de compósito são uma ótima opção para o mercado e a Fará seguirá neste negócio. “Temos a projeção de comercializar duas mil casas de compósito/ano. Posso dizer que, entre as novas tecnologias, essa é uma das melhores, porque além de todos os benefícios tem porte para ser produzida em grande escala.”


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Áreas de lazer concentradas em praças

Empreendimentos do segmento econômico apostam em projetos de praças residenciais, oferecendo ampla área de lazer

Gazeta do Povo | 9 de maio de 2010

Nos últimos anos, o conceito de condomínio-clube, com ampla área de lazer, consolidou-se nos projetos de condomínios de médio e alto padrão. Hoje esse diferencial também está acessível em empreendimentos do segmento econômico com o conceito de “praças residenciais”, que tem se difundido entre as construtoras. Em geral, são condomínios com mais de quatro torres (chegando em alguns casos até 45) com a área de lazer concentrada em praças para estimular a convivência dos condôminos.

Entre as inúmeras torres que compõem os empreendimentos, as praças tornaram-se espaço de convívio entre os moradores. Em vez de salas fechadas, prevalecem espaços ao ar livre e com predominância de árvores. “As praças residenciais fazem parte de um projeto de urbanismo diferenciado, com área verde e um visual significativo”, explica o diretor da Regional Sul da Rossi, Gustavo Kosnitzer. A empresa criou a linha Rossi Praças Residenciais em que as áreas de lazer ficam dispostas por todo o terreno, entre as torres, formando praças por todo o espaço.

Em Curitiba, dois empreendimentos da Thá e Rossi seguem esse conceito. São eles: o Vida Bella Praças Residenciais, localizado no bairro Atuba, e o Recanto Verde, no Pinheirinho. Apenas no Vida Bella são sete praças entre 45 torres e no Recanto Verde são 15 torres.

O investimento em praças residenciais e variadas opções de lazer ajudaram o estudante universitário Marcos Felipe Monteiro, de 19 anos, a optar pelo Recanto Verde. Ele, que sempre morou em casas e se preocupa com a sustentabilidade, mudou seu conceito sobre apartamentos ao conhecer o empreendimento onde irá morar com a futura esposa. “Pensava no apartamento como um local pequeno, apertado, sem espaço para lazer. Acredito que o condomínio terá um preço justo, principalmente se comparar com o que precisaria pagar para ter acesso a uma academia ou a um clube”, diz.

Para o analista de sistemas Rafael Sandim Kretzschmar, de 28 anos, a disposição da área de lazer no condomínio Castel di Bettega, da MRV, também foi decisiva para a compra do imóvel. O empreendimento conta com oito torres, uma praça central e espaço de arborização entre a área de lazer. “Contribuiu com certeza. Estive em outros empreendimentos, mas não tinham a mesma estrutura da área de lazer. Nunca havia pensado em morar em um condomínio com praças, mas é muito interessante”, comenta.

“Os espaços de lazer são um dos principais atrativos para as classes populares. A tendência é que esse tipo de construção se mantenha”, analisa o economista e consultor da Brain Consultoria, Fábio Tadeu Araújo. As opções de entretenimento, no entanto, vão além de churrasqueiras, salões para festas ou jogos.

Estrutura
Além da Thá e Rossi, empreendimentos de outras construtoras em Curi­tiba apostam nessa estrutura. “Cada vez mais a qualidade de vida está presente nos empreendimentos pelas áreas de convívio. As construtoras estão incorporando essas opções para oferecer uma estrutura mínima e trazer praticidade para dentro do terreno. Entendemos que isso é necessário para todos”, afirma Silvia Fernandes Soares, arquiteta e coordenadora de Produtos da Cyrela Brazil Realty, incorporadora do Plaza Sprada, da linha Living. No empreendimento, localizado ao lado do Ecoville, praças ficam dispostas entre as quatro torres, com opções de espaço fitness e área de jogos ao ar livre, pomar e outros, além de um espaço central com piscina e salões.

A segurança é outro fator que contribui para o sucesso dos empreendimentos com praças residenciais. “É tudo estruturado para dentro do empreendimento. As crianças não jogam mais bola na rua e podem fazer isso no condomínio”, complementa Silvia. “As famílias precisam de um espaço para convívio e que seus filhos tenham espaço para brincar e se desenvolver. As praças residenciais proporcionam segurança e praticidade”, diz Kosnitzer, da Rossi.

Para o diretor presidente da imobiliária Habitec, Luis Fernando Koeheler de Camargo, que percebe o aumento da procura por esse tipo de empreendimento, “as praças dão uma sensação mais humanizada a conjuntos residenciais de grande porte. Isso agrega valores ao condomínio e os clientes procuram por isso.”

Entre tantos fatores que contribuem na decisão de compra de um imóvel, a oferta de áreas de lazer tem se revelado um item importante. “A área verde traz clientela a favor da compra. Está entre os primeiros pontos de decisão, junto com a localização e a planta do imóvel”, afirma Camargo. “Optamos por itens (na área de lazer) de fácil manutenção, mais simples e que não são caros, quando comparado aos projetos de alto padrão”, explica Juliana Furiati Lopes Siqueira, gestora de projetos da MRV, responsável pelo condomínio Castel di Bettega.

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Um divisor de águas

A Copa do Mundo de 2010 terá mais novidades do que qualquer outra no passado. Veja o que é necessário para embarcar nessas mudanças

Gazeta do Povo | 26 de abril de 2010

Vem aí a Copa do Mundo 2.0. Nunca um evento esportivo desse porte foi acompanhado por tantas mudanças tecnológicas. Este ano será possível pela primeira vez assistir aos jogos pela tevê em alta definição – talvez até em 3D – e comentar as partidas com amigos distantes, pelo Skype e por redes sociais como Twitter, Orkut e Facebook. Os fabricantes de equipamentos estão loucos para que você se interesse por isso. E que, em consequência, deseje trocar o seu equipamento doméstico por aparelhos novos, capazes de todas essas façanhas. Se você é daqueles que não gostam de perder as últimas novidades, fique atento. A nova tecnologia requer uma série de adaptações, além de um investimento que não cabe facilmente no bolso.

“Essa será a Copa da tevê da alta definição! Estamos passando por um momento de transição de tecnologia, o consumidor tem o desejo de trocar a tevê por uma maior e com mais qualidade de imagem”, afirma, entusiasmada, a gerente de produtos de televisores da LG, Fernanda Summa. As coisas evoluíram rápido: na Copa de 2006, os modelos campeões de vendas foram os de 29 polegadas, que ainda eram de tubo. Em 2010, apenas quatro anos depois, a Copa será vista em telas de 32 polegadas ou mais, com resolução full HD e recursos antes nem imaginados.

As estrelas, entretanto, são os recém-chegados modelos 3D. Alguns vêm com capacidade para transformar a imagem convencional (2D) em 3D. É o caso das tevês da Samsung que estarão à venda ainda neste mês e são um dos primeiros a chegar aos consumidores brasileiros. São quatro séries, sendo três da linha LED e um da linha Plasma, que totalizam nove modelos fabricados no Brasil. “A procura para conhecer e comprar os produtos foi muito grande nas demonstrações que fizemos em São Paulo há algumas semanas. Estamos com as melhores expectativas de vendas”, garante o diretor da Divisão de Eletrônicos de Consumo da Samsung, Marcio Portella Daniel.

Para incentivar a compra dos televisores, a Samsung oferece um pacote promocional aos consumidores. O kit inclui a tevê LED Série 7000 de 40 polegadas, blu-ray 3D, dois óculos 3D e a mídia Blu-ray 3D do filme Monstros e Alienígenas por R$ 8.000,00. Apenas a tevê custa R$ 5.699,00 e cada óculos cerca de R$ 200,00.

A LG também entra no mercado antes da Copa do Mundo. A partir de maio os aparelhos estarão disponíveis para demonstrações e passam a ser vendidos no começo de junho. Estes modelos não possuem conversores de 2D para 3D e os valores dos equipamentos só serão divulgados quando os televisores chegarem às lojas. O primeiro lote será importado e a partir do segundo também será produzido no Brasil.

Vale a pena gastar tanto?
Mas será que vale a pena investir tanto em televisores 3D apenas para assistir a Copa do Mundo em três dimensões? A resposta passa pelo estágio tecnológico em que o consumidor se encontra e pela sua ansiedade em relação às novidades. “Temos quatro públicos: o consumidor que tem a televisão comum, com tubo; aquele com a tecnologia LCD ou Plasma, que quer mais tecnologia, melhores recursos e acesso diferenciado à qualidade e a conteúdos; o que possui o televisor de LED, que até então era a maior inovação; e agora aquele que busca a novidade, a televisão 3D”, analisa Daniel, da Samsung.

Quem tem hoje um aparelho mais antigo, de tubo ainda, certamente vai se sentir tentado a “pular” uma etapa e partir logo para o que há de mais moderno. Nesse caso, a transição não será tão cara. Quem já tem um aparelho full HD pode deixar para comprar mais tarde.


Tevê nova, sala nova, tudo novo
Para que a experiência 3D em sua casa seja completa, alguns equipamentos que você já possui precisam ser trocados. O telespectador precisa de novos produtos compatíveis com os televisores 3D. Aparelhos de blu-ray precisarão ser trocados, home theaters terão de ser reconfigurados. No caso dos videogames, a Sony adiantou que fará uma atualização no software do PlayStation 3, mas ainda não se sabe o que ocorrerá com os outros consoles. É bem provável que vários deles incorporem outras novidades quando lançarem versões 3D, como os controles espaciais (como o Projeto Natal, da Microsoft, que usa câmeras para transpor os movimentos do usuário para o ambiente do jogo). Tudo isso deve ser levado em conta pelo usuário, porque vai encarecer a transição.

Dentro de casa, a recomendação é estar atento ao ambiente em que o televisor será instalado, para garantir conforto aos olhos. Os especialistas sugerem guardar uma distância mínima do aparelho equivalente duas vezes e meia a diagonal da tela – ou seja: é possível que você tenha também de mudar os móveis. Além disso, os ambientes escuros possibilitam apreciar melhor qualidade das imagens.


Labirintite e gravidez, as contraindicações da tevê 3D
Não se preocupe: assistir tevê 3D não traz nenhum risco à saúde ocular. É o que garante o presidente da Associação Paranaen­se de Oftalmologia, Ezequiel Portella. “Não há nenhum problema, não muda nada. Monitores com essa tecnologia causam bem menos problemas e são até melhores que as televisões antigas, como as da década de 60, por exemplo, que tinham problemas de radiação”, afirma.

De acordo com Portella, o uso excessivo pode causar apenas um desconforto ocular, como pode acontecer com qualquer outro modelo de aparelho. “É a mesma coisa que acontece com as crianças que têm costume de assistir a televisão de muito perto. Causa um desconforto, que também pode ocorrer se o telespectador não mantiver do aparelho a distância padrão recomenda pelo fabricante.”

O oftalmologista descarta também a possibilidade de contágio de conjuntivite, no caso de os telespectadores compartilharem os mesmos óculos. “Precisa estar muito contaminado para o contágio acontecer”, diz. É diferente dos óculos usados nos cinemas, onde a “rotatividade” dos dispositivos é mais alta.

O único alerta – que também está presente nos manuais dos fabricantes – é o cuidado que mulheres grávidas, idosos ou pessoas embriagadas devem ter ao passar por uma experiência 3D. Em pessoas com estas características, com labirintite ou ainda problemas de equilíbrio, é possível ocorrer tonturas ou enjoos. “A recomendação é para as pessoas que têm cinetose, ou seja, facilidade para enjoar ou ficar tontas com qualquer movimento, o que pode acontecer durante a experiência”, explica o oftalmologista.

Outra recomendação dada por Portella é direcionada às pessoas que usam óculos. Os produtos disponibilizados pelos fabricantes de televisores 3D ainda não levam em consideração as lentes dos óculos convencionais. Se você usa óculos e pretende passar por uma experiência 3D, terá que usar o equipamento por cima de sua armação.



2010, o ano dos 10 milhões de aparelhos de televisão
Copa do Mundo, que os fabricantes costumam chamar de “segundo Natal”, vai alimentar o crescimento no varejo e na indústria

O lançamento de televisores de última geração e a realização de uma Copa do Mundo são motivos de comemoração para as empresas do setor. Isso porque estes fatores resultam no que as empresas chamam de “o segundo Natal”.

Normalmente, as vendas de televisores e aparelhos eletrônicos em geral concentram-se no segundo semestre, impulsionados pelo Natal. “Temos entre 55% e 60% das vendas nesse período”, explica Marcio Portella Daniel, Diretor da Divisão de Eletrônicos de Consumo da Samsung. A cada quatro anos, entretanto, a situação se inverte. O primeiro semestre supera o segundo.

“A Sony acredita que 2010 será um ano com vendas aquecidas no mercado de tevês e está preparada para atender a demanda do consumidor com produtos inovadores. A nossa previsão é de um crescimento de aproximadamente 200% em relação ao ano anterior”, prevê o gerente de produto da linha de televisores Bravia da Sony Brasil, Luciano Bottura.

Na rede varejista FNAC as expectativas também são positivas. Em 2009, ano de recuperação da crise econômica, as vendas de televisores tiveram um crescimento de 30%. “Se neste ano mantivéssemos o mesmo índice de crescimento também seria excelente, mas com os lançamentos de televisores 3D já chegamos a 40% e podemos ultrapassar ainda mais com o lançamento das tevês de grande dimensões”, afirma o diretor comercial da FNAC, Benjamin Dubost. O lançamento dos televisores com mais de 72 polegadas, previsto para o segundo semestre de 2010, trazem a promessa de manter a venda dos produtos em alta durante todo o ano.

De acordo com a Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), o setor prevê que em 2010 serão produzidos cerca de 11 milhões de aparelhos televisivos. O índice é influenciado pela Copa do Mundo e representa um aumento de aproximadamente 15% em relação ao ano passado, quando a produção passou dos 9 milhões de televisores. Ou seja: em 2010 a produção vai passar de 10 milhões de unidades.



http://www.gazetadopovo.com.br/tecnologia/conteudo.phtml?tl=1&id=996218&tit=Um-divisor-de-aguas
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