13 são detidos por delito eleitoral em Curitiba

Folha de Londrina | 6 de outubro de 2008

Quatro candidatos a vereador em Curitiba foram detidos ontem pela Justiça Eleitoral. Ao todo, 13 pessoas compareceram à Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) para definir as penas referentes à boca-de-urna (dez ocorrências), desacato (um) e transporte de eleitores (dois). Outras duas ocorrências de venda de bebidas alcóolicas foram encaminhadas para o 8 º Distrito de Polícia. Todos os processos foram finalizados ontem.

Foram detidos os candidatos Chico do Uberaba (PSDB), Carlos Alberto Maia (PC do B), Aladin (PV) e Elias Vidal (PP). Apenas o último candidato não aceitou o acordo de transação penal, em que não há a confissão do delito eleitoral e o detido realiza a doação de recursos ou presta serviço comunitário junto a organizações sociais. O processo do candidato do PP será encaminhado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

O coordenador do Centro de Triagem na PUC-PR, capitão Bruno Soares da Silva, da Polícia Militar (PM), aponta que, em relação ao total de ocorrências, o número de candidatos envolvidos em delitos eleitorais foi alto.

Neste ano, quatro instituições de Curitiba serão contempladas pela transação penal. Em 2004, 180 pessoas foram detidas e foram determinadas 133 transações penais.

A juíza do plantão eleitoral, Maria Roseli Guessman, afirmou que está satisfeita com o baixo índice de delitos nesta eleição. ‘‘É uma situação atípica. Esperávamos um número maior de delitos’’, disse.

A PM recebeu ontem 140 denúncias de crimes eleitorais. No entanto, não foi registrado o envolvimento de nenhum adolescente nos delitos. O coronel Carlos Alexandre Scheremetta, do Comando do Policiamento da Capital, afirmou que na noite de sábado foram registradas diversas denúncias falsas, o que prejudicou o trabalho da Polícia.

Menos de dez pessoas contaram com o serviço de Defensoria Pública, entre elas o candidato Carlos Alberto Maia. Outro postulante ao cargo de vereador que teve problemas com a Justiça Eleitoral foi o Professor Galdino (PV). Ele chegou a fugir dos policiais quando foi votar na manhã de ontem no prédio da Universidade Federal do Paraná (UFPR). A alegação era de que ele vestia um jaleco de professor com seu nome, o que seria proibido. Galdino voltou à sua zona eleitoral à tarde, acompanhado por testemunhas, um advogado e um oficial de Justiça com um habeas corpus.

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