Cuidados que começam na escola

Projetos estimulam nas crianças o envolvimento com o meio ambiente e elas mudam a rotina de toda família

Revista Atitude Sustentável | 02 |

Esta é uma cena comum. As crianças voltam da escola cheias de novidades para contar sobre como foi o dia em companhia dos colegas. Na hora de fazer as lições de casa, recebem a ajuda dos pais e esperam ansiosas pelo fim das tarefas para poderem brincar. Nos últimos tempos, a preocupação com o meio ambiente adicionou a esta rotina uma importante responsabilidade. Tudo começa na sala de aula, mas toma grandes proporções fora dos muros da escola.

A engenheira agrônoma Débora Cristina Maia, já sente na pele esta mudança. Aos sete anos, sua filha Ana Carolina Maia Nogueira é a grande responsável pelo controle do consumo de água na casa. “Ela sempre fala ‘fecha a torneira senão vai acabar a água do planeta’, ou então pede pra gente fazer xixi no banho para economizar a descarga”, conta. O cuidado de Ana Carolina também se estende ao lixo. A estudante faz questão que todos separem o material e não deixa que ele seja jogado nas ruas. “Ela cobra bastante”.

Mesmo com as orientações sempre dadas em casa, Débora percebeu que um projeto de meio ambiente desenvolvido na escola onde Ana Carolina estuda acentuou os cuidados da menina. Durante todo o ano passado, ela separou materiais recicláveis para a produção de brinquedos com sucata. Além da atividade na escola, o projeto contou com a participação da família, que também colocou a mão na massa.

Na casa de Ana Carolina, o resultado foi um palhacinho, feito com garrafa de água, palha, bolas e copos plásticos. O brinquedo foi apresentado para toda a escola e para a comunidade em uma espécie de feira de ciências. “Aprendi muitas coisas e que é importante cuidar do planeta. Em casa, falei para não desperdiçar a água e jogar o lixo no lixo”, conta a menina. Mas engana-se quem pensa que apenas Ana Carolina cuida do meio ambiente na casa. Beatriz, de 1 ano e 8 meses segue o exemplo da irmã e já tem consciência de sua responsabilidade. Ela vai sozinha jogar no lixo as cascas das frutas que consome. “Ela vê o que a mais velha faz e leva também. Acho que só não age dessa maneira quem não quer, pois as crianças são constantemente estimuladas para isso. Minha geração não tinha essa preocupação”, lembra Débora.


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